Ensino de Ciências por investigação: um caminho para o letramento científico.

"Quando criança, o que você pensava ao ouvir a palavra ciências?" e "Como vivenciou esta palavra na escola?" foram as perguntas que permitiram às professoras em formação rememorar suas expectativas e experiências acerca do saber científico e a se colocar em uma posição empática frente aos estudantes para os quais elas serão uma importante referência da palavra ciências e da disciplina Ciências.

Assim como antes de ler, é importante que a criança seja exposta à leitura e inserida no mundo letrado. Antes mesmo de compreender os pressupostos do pensamento científico, é importante criar um cenário que fomente as perguntas, a testagem e o engajamento infantil à medida que intencionalmente cresce o seu contato com as terminologias das ciências e desenvolve-se a sua compreensão da natureza do trabalho científico. O processo descrito denomina-se letramento científico. 

Promover o letramento científico vai além de ensinar os objetos do conhecimento propostos para a disciplina de Ciências da Natureza, é necessário também ampliar o seu repertório científico e oportunizar o desenvolvimento de habilidades e competências relacionadas. 

Considerando a importância do papel do professor no letramento científico, na faculdade WlaSan as estudantes têm se debruçado no estudo do Ensino de Ciências por Investigação, metodologia proposta por grandes nomes do ensino como Anna Maria Pessoa de Carvalho. Em aula as estudantes vivenciam esta metodologia como estudantes e a praticam criando planos de aula autorais como professoras. 

Afinal, a curiosidade é inerente à criança! Cabe ao docente e à escola estimular essa característica para que ela perpasse a vida do discente em todas as fases.








Escola: Local de Formação Humana

 A escola hoje precisa ser fortalecida, deixando de ser um mero local de instrução para tornar-se um local de formação humana para a sociedade, para a liberdade, para a responsabilidade e para colocar o saber a serviço da coletividade.

Nessa escola, como precisa ser o professor ou a professora? 

Em primeiro lugar, precisa estar comprometido consigo mesmo para depois assumir um compromisso com o outro. Esse profissional precisa instrumentalizar-se da ciência e da tecnologia, para uni-las às suas virtudes e realizar realmente um trabalho de humanização. 

É esse professor e essa professora que buscamos desenvolver em nosso curso de Pedagogia.






O que você deseja realizar? Qual é o seu sonho?

Com essas perguntas iniciamos mais uma noite de aula, na última sexta-feira.

Entender nosso propósito, ter consciência do nosso presente e projetar o futuro é importante habilidade que desenvolvemos como professores.

Com esse pensamento, foi hora de colocar a mão na massa e montar o “mapa da vida”, projetando e construindo um caminho para transformar desejos e sonhos em realidade, só assim a vida poderá ser a realização de uma obra, como nos ensinou Cortella.

E você, quer aprender mais para ensinar melhor? Vem para a Wlasan!













Saiba por que estudar na Wlasan aumentará ainda mais a chance de você terminar a faculdade empregado.

Inscrições para 2022 já estão abertas.


 O espaço privilegiado do profissional de Educação é a escola, mas o que nem todo mundo sabe é que a atuação de quem se forma em Pedagogia não se limita às salas de aula. O pedagogo pode se dedicar a diversos segmentos do mercado de trabalho, o que faz com que essa seja a profissão com a maior taxa de empregabilidade do Brasil, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). De acordo com o mesmo IPEA, cerca de 94% dos pedagogos brasileiros estão empregados.

Em instituições de ensino, o pedagogo pode atuar como professor na Educação Infantil e até o 5º ano do Ensino Fundamental e também nos programas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e na educação especial, no processo de aprendizagem de alunos com deficiência. Além disso, pode desempenhar papéis na gestão escolar, como: orientador educacional, coordenador pedagógico e até mesmo diretor.

Mas a Pedagogia possui ainda outras áreas de atuação, como a Pedagogia Hospitalar, Pedagogia Social e a Pedagogia Empresarial, mas o campo de atuação destes profissionais não se limita apenas a essas frentes. O pedagogo é um profissional capaz de fazer diferença no setor cultural, trabalhando em brinquedotecas, bibliotecas, museus, centros culturais e recreativos. Em ONGs, pode coordenar programas educativos para o desenvolvimento de iniciativas sociais. Em órgãos públicos, assume o planejamento, a fiscalização e a coordenação de programas de políticas públicas na área de Educação.


Residência pedagógica na Wlasan

Que a Faculdade Prof. Wlademir dos Santos, popularmente conhecida como Wlasan, tem uma parceria com o Colégio Uirapuru, a grande maioria já sabe. Mas o que poucos conhecem é como essa parceria se desdobra no dia a dia escolar. O Colégio funciona como uma escola de aplicação da Wlasan, ou seja, os estudantes da faculdade atuam desde o primeiro período diretamente dentro da escola, como um grande laboratório vivo e podem colocar em prática muitas teorias vistas em sala de aula.

A pedagoga recém-formada, Lorena Santos Bueno, de 27 anos, acaba de realizar o sonho de ser contratada pelo Colégio Uirapuru para integrar a equipe pedagógica. Em 2017, quando decidiu se tornar professora, Lorena prestou vestibular de Pedagogia na UFSCAR, enquanto aguardava o resultado da prova, ficou sabendo da Wlasan e da sua inovadora residência docente ou pedagógica. Como ainda não tinha o resultado da UFSCAR, resolveu se inscrever no processo seletivo da Wlasan também. Claro, que o resultado das duas provas saiu praticamente ao mesmo tempo. Apesar de a UFSCAR ser uma universidade federal, sem custo, Lorena optou por fazer sua formação na Wlasan.

"Acredito que a teoria tem que andar junto com a prática e isso me conquistou no projeto da Wlasan.", diz a recém-formada, Lorena Santos - Divulgação

"ACREDITO QUE A TEORIA TEM QUE ANDAR JUNTO COM A PRÁTICA E ISSO ME CONQUISTOU NO PROJETO DA WLASAN.", DIZ A RECÉM-FORMADA, LORENA SANTOS (CRÉDITO: DIVULGAÇÃO)

“Pode parecer difícil, mas foi fácil decidir. Sou uma pessoa muito prática. Acredito que a teoria tem que andar junto com a prática e isso me conquistou no projeto da Wlasan. Quando passei no vestibular, fiz um processo seletivo para estágio no Colégio Uirapuru e passei também. Então, desde o meu primeiro dia na faculdade, eu já estava colocando em prática o que estava aprendendo”. Outro fator decisivo foi a grade curricular. Segundo Lorena, a grade da Wlasan se diferencia por ser muito pensada para preparar os alunos para a futura inserção no mercado de trabalho.

“A Pedagogia é um campo com múltiplas possibilidades de atuação. Quem não quer se dedicar aos estudos sabendo que terá grandes chances de trabalhar naquilo que estudou?", indaga. A contratação de Lorena, ao fim da faculdade, confirma que a teoria dela estava certa.

Na residência, o vínculo entre estudante e práticas pedagógicas é uma forma de garantir que ele participe, aprenda e compartilhe conhecimentos pedagógicos desde o princípio do curso e assim compreenda com clareza as teorias vistas na graduação.


O sonho da sala de aula

Rhayza Vassão, está no 3º ano de Pedagogia na Wlasan e tem o sonho de trabalhar em sala de aula - Divulgação

RHAYZA VASSÃO, ESTÁ NO 3º ANO DE PEDAGOGIA NA WLASAN E TEM O SONHO DE TRABALHAR EM SALA DE AULA (CRÉDITO: DIVULGAÇÃO)

Apesar das inúmeras possiblidades de atuação que o curso de Pedagogia oferece a quem se forma, o sonho da maioria dos estudantes que optam por essa formação é a sala de aula. Rhayza Vassão, de 29 anos, está no 3º ano de Pedagogia na Wlasan e é uma dessas estudantes. Assim como Lorena, também escolheu a faculdade pela oportunidade de colocar em prática os conhecimentos adquiridos. Desde os 9 anos, Rhaysa “trabalhava” dando aulas para crianças, ainda menores do que ela, no “cultinho” (espaço recreativo para atividades lúdicas com as crianças, para que os pais possam participar do culto) da Igreja que frequentava.

Desde aquela época, sonhava tornar-se professora. Quem lhe ajudou a encontrar o caminho das pedras foi uma ex-aluna do “cultinho”, que já cursava Pedagogia na Wlasan, e disse que se Rhaysa queria ser professora, precisava fazer essa faculdade, por conta da residência docente. “O que você estuda, já põe em prática, como acontece no curso de Medicina. A gente sai preparado para assumir uma sala de aula”, afirmou convicta a ex-aluna, no que Rhaysa concorda plenamente: “Estou no 3º ano e já me sinto preparada para assumir uma sala de aula, com mais um ano de graduação e docência, estarei muito melhor preparada ainda”, acredita.


Venha para a Wlasan

Se você é como Lorena e Rhayza, venha realizar o seu sonho de ser professor (a) na Wlasan. As inscrições para o processo seletivo estão abertas. Acesse o site da Wlasan (www.wlasan.edu.br) e se inscreva! Qualquer dúvida, entre em contato pelo telefone (15) 2102-6600 ou por e-mail: coordenação@wlasan.edu.br. Sua nota do Enem também é válida.



Matéria Jornal Cruzeiro do Sul: 08 de dezembro de 2021. 

As Metodologias Ativas: a perspectiva da faculdade Wlasan.

 

Autoria: Profª Me Gabriela Aprigia Monteferrante Deliberali 


O "era uma vez" costuma marcar as narrativas que remetem à infância, no entanto, o trecho de Martins (2014) pode suscitar um intenso debate na vida adulta e em especial pelos profissionais da educação. Observe-o.

“Era uma vez uma tribo pré-histórica que se alimentava de carne de tigres de dentes de sabre. A educação nesta tribo baseava-se em ensinar a caçar tigres de dentes de sabre, porque disso dependia a  sobrevivência de todos. Os mais velhos eram os responsáveis pela tarefa educativa. Passado algum tempo os tigres de dentes de sabre extinguiram-se. Criou-se um impasse: o apego à tradição dos mais velhos exigia que se continuasse a ensinar a caçar tigres de dentes de sabre; os mais jovens clamavam por uma reforma no ensino. O impasse perdurou por muito tempo. Mais precisamente até um dia que, por falta de alimento, a tribo extinguiu-se também.” (MARTINS, 2014, p.4)

Assim como a trama que envolve os tigres de dentes de sabre, na prática docente as escolhas pedagógicas e caminhos didáticos costumam dividir opiniões frente às muitas possibilidades. Esta situação surge de uma característica intrínseca à natureza do trabalho pedagógico: a pesquisa. Como afirma Freire (1997) “Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino” e as novas pesquisas na área da educação têm direcionado os professores a se lançarem na prática de novas estratégias que atendam com maior abrangência  às demandas do público estudante do século XXI. 

 Imagem disponível em: https://64.media.tumblr.com/d64e6ecc2627eb29b424a3c0aa3f972d/6e1302531da07069-ed/s1280x1920/40e9a6f5f7fe9d41ece0a075e64b87e82949b46e.jpg Acesso em: 20/06/2021


Dentre os termos pedagógicos mais citados atualmente estão as chamadas Metodologias Ativas de Ensino, este que, apesar do contemporâneo sucesso, têm origens em movimentos filosóficos e educativos do final do século XIX com o protagonismo de autores como o francês Célestin Freinet e o norte-americano John Dewey. Para Dewey (2010, p. 73) o “[…] objetivo da educação é habilitar os indivíduos a continuar sua educação – ou que o objeto ou recompensa da aprendizagem é a capacidade de desenvolvimento constante”, essa fala poderia ter sido dita por um pesquisador em 2021, não é mesmo? 

Não se tratando apenas de uma estratégia, mas se referindo ao conjunto de estratégias e abordagens pedagógicas que levam os estudantes a experienciar de forma ativa os saberes, a aplicação das metodologias ativas de ensino têm sido incentivadas nas escolas e nos cursos de graduação da área de educação. É comum que no curso de pedagogia, a metodologia supracitada tenha seus fundamentos teóricos estudados e sua aplicação solicitada em trabalhos e projetos desenvolvidos pelos estudantes. No entanto, a mesma academia que cobra a execução destas abordagens pedagógicas pelos alunos e professores da educação básica, muitas vezes se limita a oferecer aulas tradicionais voltadas à transmissão dos saberes. 

Compreendendo a importância do professor em formação aprender estas metodologias vivenciando-as, enquanto estudante, para incorporação à prática docente, a faculdade Wlademir dos Santos tem implementado nos componentes curriculares diversas práticas que correspondem ao conceito de metodologias ativas. Desta forma, a cada aula, os professores em formação, além da oportunidade de assimilar os conceitos pretendidos, refletem sobre as metodologias utilizadas para ensiná-los e consideram inseri-las em sua prática pedagógica.

Dentre as abordagens ativas, nas aulas da WlaSan destacam-se as denominadas pela sigla PBL contemplando Problem Based Learning e Project Based Learning, cuja tradução corresponde respectivamente a Aprendizagem Baseada em Problemas e Aprendizagem Baseada em Projetos, há ainda a possibilidade de integração que é denominada por Monteferrante-Deliberali (2020) como Aprendizagem Baseada em Problemas e Projetos (ABP+). Um grande marco da vivência desta metodologia é a elaboração dos chamados Projetos Integradores. 

Para desenvolver um projeto integrador, a cada semestre os estudantes recebem uma temática e um gênero de escrita para elaborar em grupos um projeto que conecte os saberes das disciplinas do semestre. As temáticas dos projetos costumam estar associadas ao Programa de Escolas Associadas (PEA) da UNESCO e surgem para os estudantes como problemas a serem resolvidos, cujas soluções e respostas se materializarão em um projeto que é elaborado, vivenciado e depois registrado em um produto final.

As propostas são diversas, em alguns semestres os alunos produzem e aplicam planos de aula (observe a imagem 2) no colégio de aplicação, em outros elaboram projetos didáticos para escolas da região e escrevem artigos sobre a prática, entre outras muitas possibilidades, tanto para o processo de vivência, quanto para a elaboração do produto final.

Imagem 1 - Aplicação do plano de aula do Projeto Integrador do módulo Gestão da Sala de Aula

Fotografia de Lorena Bueno dos Santos.

Além da vivência do projeto semestre a semestre, na grade curricular do curso de Pedagogia da WlaSan há a disciplina Projetos Integradores, que estuda mais profundamente a criação e  consolidação de projetos integradores de maneira prática e teórica. A disciplina tem como um dos principais objetivos o estudo e prática da metodologia PBL, o professor em formação aprende sobre a metodologia vivenciando-a nas aulas, para ser capaz de aplicá-la aos seus alunos.

A aplicação da PBL não é o único investimento na área de metodologias ativas na formação dos graduandos. Já ouviu falar em Flipped Classroom? Como o próprio nome diz, nesta metodologia as aulas são invertidas em relação às atividades que acontecem em casa e durante a aula, isto acontece para que a sala de aula deixe de ser apenas um local de exposição e passe a compor um momento de estudo, discussão e resolução de exercícios. 

Há ainda como viver diversas experiências em uma única aula, na metodologia de Rotações por Estações. Quando três, quatro ou mais estações de atividades, com diferentes objetivos pedagógicos, são criadas para que os estudantes em grupo rotacionem pelas diferentes estações, no tempo predeterminado. Assim, ao fim do tempo todos os grupos terão vivenciado todas as estações. Enquanto os alunos se debruçam no objetivo de cada estação, o professor caminha pela sala, observa e interage. 


Imagem 2 - Rotação por estações em aula, período antes da pandemia da Covid-19

 Fotografia de Gabriela Deliberali

E nada melhor do que trabalhar em um bom time, não é mesmo? Considerando que a docência não é uma prática solitária, utiliza-se da metodologia Team Based Learning (aprendizagem baseada em times) com propostas que envolvem a partilha de ideias e definição de funções entre os integrantes do grupo.  Explora-se também o conceito de docência compartilhada na relação professor-assistente, desde a sala de aula da escola, até sala de aula da graduação em que as professoras que trabalham com as assistentes são convidadas para partilhas de reconhecimento e formação. Mesmo no período de ensino remoto esta e outras vivências não perderam espaço e importância, mas foram adaptadas para que pudessem acontecer, como demonstra a imagem 3.


Imagem 3 - Encontro remoto da disciplina Docência Compartilhada da Professora Maura Bolfer em que professores e assistentes refletem e reconhecem a importância da partilha entre si.

 Fotografia de Gabriela Deliberali

É importante dizer que as metodologias ativas não refutam outras abordagens e nem todos os conceitos podem ser trabalhados por meio delas, mas muitos conceitos, habilidades e competências podem ser amplamente desenvolvidos ao utilizá-las nas experiências formativas. Os futuros docentes da WlaSan levarão consigo o conhecimento e a prática das metodologias aqui apresentadas e outras tantas, e sobretudo a responsabilidade social do trabalho educacional que mantém a tribo viva e feliz no processo de ensino e aprendizagem.

Referências Bibliográficas:

 MARTINS, Viviane Lima. Didática na relação professor-aluno: tendências e atitudes. Revista Científica Intraciência, p. 1-12, 2014.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes Necessários à Prática Educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997. 

DEWEY, J. WESTBROOK, R. B. (org.). Coletânea de Textos – Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010. 136 p.: il. – (Coleção Educadores).